quinta-feira, 29 de julho de 2010

Juntos somos mais - Integrações entre TV e mídias sociais

Em tempos não tão distantes dos dias de hoje, era comum a maioria das pessoas chegarem do trabalho ou da escola e irem quase que sem escalas para a frente da televisão e assistirem, por exemplo ao Passa ou Repassa (hoje extinto) no SBT, a algum jornal sensacionalista na Record ou na Bandeirantes ou ainda a novela teen Malhação (Rede Globo) que ainda existe (ou tenta sobreviver). Com o advento dos computadores, da Internet e, mais recentemente, com o boom das mídias e redes sociais on-line, grande parcela da população incluída no universo digital possui uma maior diversidade de opções para passar o seu tempo livre em casa (não se pode esquecer também do grande crescimento do número de assinantes das TV's pagas).

E isto já se reflete nos números da audiência das emissoras de TV aberta. Segundo o colunista Marcelo Minutti, do canal Tecnozilla pertencente ao portal Ig, num texto escrito no fim do ano passado, houve uma queda na quantidade de televisores ligados entre 2008 e 2009. Segundo o autor, "no primeiro semestre de 2008 era de 44,6% (26,7 milhões de domicílios) e caiu para 42,5% (25,5 milhões de domicílios) em 2009. Isso indica uma queda de 2,1% de televisores ligados na comparação entre 2008 e 2009." Além disso, vários programas das Redes Globo e Record obtiveram queda em suas audiências graças, muitas vezes, aos pássaros azuis e aos círculos rosa.

Como diz uma velha frase, "se não se pode derrotar o inimigo, junte-se a ele". Há várias maneiras de integrar televisão com Internet e suas novas ferramentas. Um caso internacional divulgado hoje em vários portais de notícias como O Globo, G1, UOL, Terra, entre outros, é a criação de uma série de televisão americana a partir de uma conta de Twitter. Segundo a reportagem, "#*! My Dad Says" estreia na CBS em 23 de setembro e é inspirada numa conta do microblog ativada pelo escritor cômico Justin Halpern em 2003, que capturou a linguagem hostil de seu pai e suas observações. Basta saber agora se esta interação entre TV e Internet ficará ou não apenas na concepção da série.

Outro exemplo, desta vez brasileiro, mostra o engatinhar da integração entre a Rede Globo e as mídias sociais. Depois dos incidentes que "balançaram a relação" entre a emissora e os usuários do Twitter (como o histórico CALA BOCA GALVAO e um boato de intervenção da Globo no andamento dos Trending Topics, lista com os assuntos mais falados no microblog), a paz e o trabalho em conjunto começam a aparecer.

Nos últimos dias do bem-sucedido "Central da Copa", programa apresentado pelo jornalista Tiago Leifert e com comentários do ex-jogador Caio Ribeiro, foi lançado o concurso cultural #queroopufedocaio. Segundo a matéria veiculada no site da Rede Globo, os candidatos deveriam seguir o perfil da Rede Globo no microblog e postar no twitter, após a hashtag #queroopufedocaio, por que gostariam de ganhar o pufe em que Caio ficou sentado durante a Copa. O pufe foi autografado pelo comentarista, por Tiago Leifert e pelo casseta Hélio de La Peña, idealizador da campanha "Libertem o Caio!", feita pelo fato de o ex-jogador ficar mais tempo no estúdio do que no hotel em que ele ficou hospedado durante as semanas de Copa.

No dia 20 de julho, Leifert anunciou via Twitter e, posteriormente, no Globo Esporte, o nome da vencedora do concurso: a internauta @glendalaranjo, de Belo Horizonte (MG), com a frase abaixo. A emissora mostrou agilidade e, em seis dias, Glenda recebeu o prêmio em sua casa e mostrou toda a sua alegria pelo microblog e em matéria publicada no dia seguinte.


Não se pode esquecer também da interatividade proposta pelo site da novela Passione, inserindo cenas exclusivas para a Internet, postadas diariamente (a exceção do domingo) sempre em harmonia com aquilo que é passado na televisão, além de cenas dos próximos capítulos. São as novas experiências transmidias que podem "selar a paz" entre a televisão e a Internet e estreitar as relações entre o telespectador e o programa de TV favorito (seja um telejornal esportivo, um seriado ou uma novela).

terça-feira, 27 de julho de 2010

Saber ouvir e agir - Atuações de Ombudsman e Ouvidorias na Internet

Uma das grandes virtudes de uma pessoa, tanto no âmbito pessoal quanto no profissional, é poder ouvir as pessoas e ajudá-las quando se é possível. É levar a crítica da pessoa a sério e poder solucionar o problema de maneira rápida e convincente. No campo das Relações Públicas, as áreas em que se podem trabalhar estas virtudes são a ouvidoria e o ombudsman.

Muitas pessoas possuem dúvidas acerca da diferença presente entre estes dois termos. Segundo artigo de Bian Tavares, há grande semelhança entre os dois termos. A singularidade de cada um está no campo de atuação: o nome Ouvidor é utilizado na Administração Pública, enquanto o nome Ombudsman apresenta-se na iniciativa Privada. De acordo com este mesmo artigo, o conceito é idêntico para as duas denominações: "é o representante do cidadão/cliente, respeitando direitos humanos, o código de defesa do consumidor e representando com democracia, comprometimento e empatia, seus interesses junto à instituição/empresa."

Com o advento das mídias sociais, esta representação de que o Ouvidor/Ombudsman tem responsabilidade precisa ser, a cada dia, mais ágil e precisa. A utilização do microblog Twitter para se relacionar com os adeptos desta mídia, por exemplo, é relacionada neste novo cenário comunicacional que se monta a cada dia. Aqui estão dois casos, um na esfera privada e outro na esfera pública, de utilização da Internet para consolidar a atividade da Ouvidoria/Ombudsman.

O primeiro caso é referente ao jornal Folha de São Paulo que estreou no dia 16 de junho deste ano o perfil de seu ombudsman no microblog, que é seguido por mais de 1400 pessoas. A profissional titular do cargo atualmente é a jornalista Suzana Singer, e ela é a décima a assumir este cargo no jornal, que foi o pioneiro em adotar esta função em 1989 (aqui tem a relação de todos os ombudsman que já passaram por lá). Em seu Twitter, a ombudsman criticou a cobertura feita pelo jornal acerca do caso Bruno, mas elogiou a cobertura da Copa do Mundo realizada pelo veículo de comunicação.

Por falar em Copa, um dos episódios mais embaraçosos em que a jornalista teve que agir rapidamente foi à respeito do célebre (e já histórico) erro de colocação de um anúncio que desclassificava o Brasil da Copa do Mundo de futebol, um dia depois que a seleção venceu o Chile pelas oitavas-de-final da competição. O erro foi percebido através do Twitter e repercutiu em milhares de perfis e blogs especializados, além de ser notícia em sites brasileiros e do exterior. Até o empresário Abílio Diniz, em seu perfil no Twitter, falou sobre o erro de inserção. A atuação da jornalista foi rápida, juntamente com o editor de mídias sociais da Folha (cargo criado neste ano): ela respondeu aos vários recados postados na mídia social, além de comentar o fato e seus desdobramentos em sua coluna semanal no jornal.

Outra ação, agora na esfera pública, de ouvidorias está relacionada a Prefeitura de Natal, com 608 seguidores. O perfil mostra notícias a respeito dos trabalhos do governo e traz serviços importantes aos moradores, como de que maneira denunciar a má qualidade do esgoto, por exemplo. O problema é que não há, neste caso, uma atualização diária do perfil (diferente do da Folha), sendo a última atualização feita em 14 de julho; portanto, algumas notícias já se tornaram "ultrapassadas" se levarmos em consideração a agilidade em se conseguir informações nos dias atuais.
Algo que chama a atenção é o fato de a Ouvidoria da Prefeitura de São Paulo não ter um perfil no Twitter, visto que a mídia social possui até um Trending Topics exclusivo para a maior cidade da América Latina. É necessário uma adaptação dos meios tradicionais (não a exclusão sumária) ao contexto atual e investir ainda mais nas redes e mídias sociais que se tornaram grandes porta-vozes dos interesses de muitas pessoas. O uso correto destas novas ferramentas pode ajudar (e muito) na visualização e até na solução de muitos problemas que estão presentes no cotidiano de várias cidades.

sábado, 24 de julho de 2010

Mano na seleção - repercussão internacional

Como muitos já sabem, o atual técnico do Corinthians Mano Menezes irá assumir o comando da Seleção Brasileira na próxima segunda-feira (depois de treinar o Timão pela última vez, no jogo contra o Guarani, no domingo, pelo Campeonato Brasileiro), já convocando jogadores para o amistoso contra os Estados Unidos, que será realizado em agosto. A imprensa internacional não perdeu tempo e já analisou esta nova cara no banco da seleção pentacampeã mundial e sede da próxima Copa do Mundo em 2014.

Primeiramente, vê-se o site em espanhol do jornal El Clarin que mostra a trajetória do treinador até a sua nova função, destaca a invasão dos jogadores corintianos durante a coletiva de imprensa e mostra uma fala do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, destacando "a trajetória de equilíbrio dos times que levou, entre os quais citou Grêmio e Corinthians."

Outro jornal conceituado é o espanhol El Mundo, que destaca o fato de Mano ser a segunda opção da CBF, depois da recusa do técnico do Fluminense Muricy Ramalho, e o desafio de edificar uma renovação no time canarinho, citando, como exemplos, Neymar e Paulo Henrique Ganso, jogadores dos Santos preteridos por Dunga. Segundo o jornal, com tradução livre, "o desafio técnico será o de transformar uma equipe de veteranos em uma de outras jovens promessas para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. (...) Uma mudança é esperada para deixar os jogadores da equipe nacional que passam 30 anos e quase não contribuiram nada na África do Sul."

Temos também o italiano Corriere Dello Sport, que mostra a aceitação do Corinthians a nomeação de Mano Menezes, inclusive com uma frase proferida pelo presidente do clube Andres Sanchez, que era chefe da delegação da Seleção Brasileira na África do Sul: " (...) eu nunca poderia privar alguém como Mano, que, nos últimos anos, ficou ao meu lado, do seu sonho. É um ser humano, e eu não posso negar o sonho de uma vida profissional. Desejo-lhe a melhor sorte."

Por fim, o jornal espanhol As mostra a notícia da nomeação de Mano e um perfil do treinador mais completo que nos outros jornais. A publicação deixa registrada uma frase importante do comunicado que Ricardo Teixeira deixou à imprensa: "espera que Menezes possa conduzir a uma "renovação imediata" da equipe brasileira; algo que, no seu entendimento, deve ser realizada de forma "gradual". O destaque é o número de comentários feitos a esta notícia, alguns em português e outros em espanhol. Uma das opiniões expressa a admiração pelo técnico Muricy, que teve caráter para continuar o contrato com o Fluminense. Outra discute sobre o fato de se precisar ter um técnico estrangeiro na Seleção

No perfil do treinador, o destaque está em ser "um estudioso do futebol, que saiba explorar o talento de seus jogadores, analisar seus adversários e se adaptar táticas durante as partidas", no perfil arrojado, sem concessão de privilégios aos jogadores, na questão de ter poucas equipes no currículo e ao fato de ser o primeiro treinador brasileiro a abrir uma conta no Twitter, atualizada diariamente. O perfil também já possui dois comentários, um deles "prevendo" um novo Maracanazzo (lembrando a final de 1950, em que o Brasil perdeu para o Uruguai) em 2014.

Para quem quiser ver mais notícias do novo técnico da Seleção Brasileira na imprensa internacional, aqui estão outros jornais on-line: USA TodayThe Times of India, Newser, Fox News, o português Record, o italiano La Gazetta Dello Sport, o chileno Deportivo (nesta matéria, há um comentário de um leitor elogiando a escolha de Mano pela linha dura adotada), entre outros. O jornal espanhol El País, até o fechamento deste post, não tinha notícias do novo técnico do Brasil.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Comunicação no âmbito religioso - Encontro Nacional da Pascom

*Este post não possui o objetivo de incitar ou menosprezar toda e qualquer crença ou expressão religiosa. Todo o conteúdo da postagem e dos comentários referentes a esta são de responsabilidade de seus autores.

Um dos grandes pilares na existência da maioria das pessoas é a religiosidade, é o pertencimento a uma Igreja, a uma denominação em que se possa expressar a fé e os valores de cada indivíduo. Tirando a visão mística e espiritual de Jesus Cristo, focando-se somente na sua dimensão humana, pode-se dizer que Ele foi um grande comunicador, pois se fazia entender a todos os públicos, desde os doutores da Lei até os marginalizados; dos mais idosos às criancinhas. Além disso, se utilizava da comunicação interpessoal (tu a tu) de maneira eficaz e tinha grande espírito de liderança (tanto que muitas empresas, cristãs ou não, usam Cristo como exemplo para motivar seus colaboradores e patrões). E como anunciar este Cristo a outras pessoas, principalmente nos dias de hoje?

Como exemplo no contexto cristão-católico, acontece, dos dias 21 a 24 de julho, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida (Aparecida/SP), o Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação (Pascom), com cobertura do Portal A12, pertencente ao Santuário. Nas discussões propostas neste evento, direciona-se uma atenção especial às novas mídias como um "novo cenário" para se anunciar o Evangelho e também para atrair o público mais jovem ao ambiente religioso, sobretudo católico, visto que o catolicismo no Brasil perdeu muitos fiéis para as denominações protestantes.

Segue abaixo um resumo da programação do encontro, tirado desta notícia:

Logo no primeiro dia, na palestra de abertura, será debatido o tema "Igreja e comunicação: desafios e necessidades", assessorada pelo arcebispo do Rio de Janeiro e presidente da Comissão Episcopal para a Educação, Cultura e Comunicação Social da CNBB, Dom Orani João Tempesta.
No segundo dia, terão espaço, discussões em torno das "Novas tecnologias e novas mídias: inclusão e exclusão digital"; "Televisão: sua inserção no cotidiano dos indivíduos"; "Rádio: a arte de falar e ouvir"; "Telenovela: criação, produção e apresentação"; "Telenovela: a arte e a representação". Os temas ligados a novelas terão a assessoria de atores renomados, com Taís Araújo e Eriberto Leão, da Rede Globo.
No dia 23, as temáticas voltadas para a internet e as novas mídias sociais serão apresentadas e discutidas a partir de temas como "Internet: porta de entrada para a evangelização no mundo globalizado"; "Web: novas ferramentas do mundo digital para constituir rede na Igreja do Brasil" e "Web: ferramentas de formação e qualificação para os agentes de pastoral".
O secretário geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, tem uma rápida participação no evento, no sábado, 24. Ele vai colaborar com uma reflexão sobre as "Políticas de Comunicação na CNBB".

Como visto, os temas são relevantes e trazem aos participantes uma grande abrangência acerca de como anunciar seu "produto", ou seja, o Evangelho, aos fiéis. É necessário destacar a modernização do Portal, englobando todos os meios midiáticos do Santuário (o próprio Santuário Nacional, Editora Santuário, Rádio e TV Aparecida, além da presença nas mídias e redes sociais), e a eficiente cobertura da Assessoria de Imprensa do Santuário, que trouxe fotos e vídeos do evento, além dos releases e notícias para os outros veículos. Num tempo em que a Igreja Católica sofre tantos ataques, se faz necessária esta junção de veículos de comunicação para reforçar positivamente a sua imagem perante o mundo globalizado.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Comportamento empresarial - Aprendendo com os vendedores "porta a porta"

A revista Veja que estará em circulação nesta semana (edição 2174, ano 43, nº 29, 21 jul. 2010, págs. 114 a 121) traz uma matéria interessante a respeito da evolução da atividade de venda direta (o popular "porta a porta"), que permite a milhares dos 2,5 milhões de trabalhadores empregados neste ramo uma grande alavanca social. Algumas destas pessoas largaram bons empregos para se arriscarem num setor empresarial diferente, outros encontraram na venda direta uma tábua de salvação após uma demissão.

Com isso, é interessante observar que o "porta a porta" pode também abrir suas próprias portas para que outros profissionais, como os relações-públicas, aprendam com eles os segredos para poder não só vender produtos, mas também como se relacionar com os colegas de trabalho.

Na página 117, está descrito o "kit básico do bom vendedor", uma lista de sete itens para que se possa começar a trabalhar com vendas diretas; porém, esta sequência pode ser muito bem transladada para a realidade de muitos profissionais. Os itens do kit são:

1 - Ser sociável - principalmente nas áreas de Comunicação, pessoas muitos tímidas e que não conversam muito, na maioria das vezes, têm a sua carreira prejudicada pela falta de sociabilidade.

2 - Filiar-se a uma empresa conhecida - o status de se estar numa empresa famosa traz vantagens interessantes, mais ainda em questão de preenchimento de currículos, mas há grandes responsabilidades e um esforço maior de crescimento dentro da própria organização.

3 - Gostar de ouvir os outros - saber ouvir as necessidades da empresa na área específica de conhecimento é importante para bons planejamentos e execuções das atividades. Como a sabedoria popular diz, não é a toa que todos os homens possuem dois ouvidos e somente uma boca...

4 - Aceitar a rejeição - na busca pelo tão desejado emprego (ou por aquele super-desejado estágio), pode acontecer de vários "nãos" aparecerem. É necessário ter perseverança e não desistir diante das primeiras dificuldades.

5 - Ter iniciativa - Criatividade e inovação são palavras que não sairão tão cedo da moda organizacional, e serão diferenciais para quem deseja alçar voos mais altos na carreira, tanto fazer as atividades rotineiras de forma diferente quanto criar maneiras totalmente novas de se relacionar com o público em questão.

6 - Ser persistente - da mesma maneira que o item 4 se apresenta, a persistência em conseguir um emprego, em se manter nele, e também em fechar algum patrocínio ou negócio é essencial neste contexto mundial dos dias de hoje.

7 - Ser bom planejador - o planejamento é relevante em qualquer área da vida, ainda mais nas relações profissionais. Sem este item, qualquer negócio é como um barco sem bússola: não se sabe aonde vai.

Como se pode ver, os profissionais de venda direta deram "de brinde" uma grande aula de como se comportar profissionalmente numa organização. Mais uma vez recorrendo à sabedoria popular, nunca é tarde para se aprender e, na escola da vida, todos aprendem e ensinam.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

O preço de causar polêmica - Caso Duloren

A maioria das empresas desejam que seus produtos e/ou serviços sejam vendidos para as pessoas, em nível regional, nacional ou internacional. Esta ação se efetua com maior objetividade através de uma divulgação criativa, chamativa e bem feita, utilizando-se das propagandas, mídias sociais (como Facebook, Orkut e Twitter), mídias impressas e, em alguns setores, atuações em pontos de venda da marca. Às vezes, a propaganda de um determinado produto pode causar certa polêmica, remexendo com valores religiosos, morais e éticos. Será que causar polêmica ajuda na divulgação de uma marca/empresa ou pode afugentar possíveis consumidores?

Esta indagação pode ser explanada através do caso da nova propaganda da Duloren, grande grife de moda íntima do Brasil, lançada neste mês de julho. Como se pode ver nesta matéria, a marca critica os recentes casos de abuso sexual a crianças (a chamada pedofilia) divulgados pela imprensa, principalmente voltados a sacerdotes da Igreja Católica.

Para isto, a agência responsável pela campanha mostra um cenário que tem, como plano de fundo, a Praça de São Pedro, no Vaticano e que apresenta uma modelo de lingerie mostrando um crucifixo a um homem de costas (pelos trajes, provavelmente seja um padre). Acima dela, há a frase: "Pedofilia, não" e, no canto direito do anúncio, o logo e o slogan da marca.

Esta ação publicitária gerou a chamada polêmica e causou repúdio de católicos, como pode se ver no blog do Prof. Felipe Aquino, um comentário de boicoite à marca que teve 290 comentários, todos favoráveis ao manifesto. Muitos sites acreditam que a propaganda da DuLoren seja anti-católica (e não anti-pedofilia), por mostrar a figura do padre sendo "tentado" por uma moça (como estava de costas, poderia ser qualquer sacerdote, generalizando o ataque) e que seu alvo seja o Vaticano.

Segundo o site católico Rainha Maria, já não é a primeira vez que a marca ataca o catolicismo. Na fala do site, "O empresário Roni Argalji, de 53 anos, dono da Duloren, sempre teve um grande apetite por polêmicas. Quando assumiu o controle da empresa, em 2000, ele mudou radicalmente o estilo de comunicação da marca. Substituiu as mocinhas recatadas por modelos voluptuosas vestidas de freira, por exemplo, com calcinhas e sutiãs à mostra. Usou cenas de lesbianismo e mulheres com postura dominadora."

A propaganda e o posterior boicote foram repercutidos em vários sites especializados, e, uma semana depois do lançamento da campanha, a marca, juntamente com a agência responsável, divulgaram um comunicado à imprensa sobre o ocorrido, desculpando-se pelo anúncio e suspendendo todas as ações de divulgação desta campanha. A imagem da empresa foi prejudicada, principalmente sob a ótica das mulheres católicas e também pelo fato de ferir a crença religiosa do maior público que a Duloren poderia ter, visto que o catolicismo ainda é a religião com mais adeptos no Brasil. Neste caso, a polêmica não fez bem para a empresa.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Twitter na vitória ou na derrota - Vibração espanhola e decepção holandesa

Continuando na mesma tônica do post anterior, ontem foi conhecida a grande seleção campeã da Copa do Mundo de futebol, disputada na África do Sul. Num jogo sofrido, decidido apenas no 2º tempo da prorrogação, os espanhóis venceram a Holanda por 1 a 0, gol marcado por Iniesta, e conquistaram a taça de maneira inédita, enquanto a Laranja Mecânica teve que se contentar, pela terceira vez, com o vice-campeonato. Como os jogadores destas duas seleções que se utilizam do microblog Twitter repassaram seus sentimentos aos seguidores?

Como já fora noticiado aqui neste link, os jogadores espanhóis foram proibidos de acessar as redes sociais, como Twitter e Facebook, durante o período de concentração e a realização do torneio. Os jogadores espanhóis que mais se utilizam do microblog são: o goleiro Iker Casillas, o zagueiro / lateral Sergio Ramos, os zagueiros Puyol e Arbeloa, além do meia Andres Iniesta.

Já a Holanda também proibiu seus jogadores de utilizarem o Twitter por conta de confusões referentes a acusações de racismo, como pode-se ver nesta matéria. Esta seleção possui quatro jogadores de sua seleção integrados ao Twitter: o lateral Gregory van der Wiel, o meia Sneijder e os atacantes Klaas-Jan Huntelaar e Ryan Babel.

Do lado perdedor da decisão, o atacante Klass continua sem postar no Twitter desde 8 de maio. Já Sneijder postou em 1º de julho (abrindo parênteses: como foi que ele conseguiu postar pelo fato da proibição estar em vigor ao time?), véspera da vitória sobre o Brasil nas quartas-de-final:

"Não temos nenhum problema dentro da equipe. Estamos prontos para lutar pela semi-final!"

Já o lateral Gregory repassou uma mensagem dita há 17 horas atrás pelo seu companheiro de seleção, o atacante Ryan (como na sexta, a mensagem será posta na ordem do discurso!):

First of all I wanna thank EVERYBODY who supported me & the team ... !!!
Second: It was a great experience to have the World Cup in South Africa .. I think SA did a great job !!!!
"Primeiro de tudo quero agradecer a todos que me apoiaram e à equipe ... !
Segundo: Foi uma grande experiência de ter a Copa do Mundo na África do Sul. .. Acho que o país fez um ótimo trabalho!!"


Já Ryan aproveita o espaço no Twitter para falar sobre o jogador brasileiro Kaká e a alegria de encontrá-lo depois de um ano de 'seguimento" no microblog, inclusive trocando camisas depois do jogo.

Do lado vencedor e campeão do mundo, o zagueiro Arbeloa teve seu único post anotado no dia 22 de junho, provavelmente por sua assessoria por conta da proibição. Sergio Ramos teve seu último post registrado em 6 de maio e Iniesta, o jogador que decidiu o jogo e o destino da taça, ainda não postou desde 26 de maio, quando falou acerca da proibição do acesso a redes sociais. O goleiro Casillas postou há 10 horas atrás a foto em que ele levanta a taça de campeão do mundo. Até agora, 382 pessoas comentaram, a maioria parabenizando a Espanha pela conquista do título.

Já o zagueiro Puyol já escreveu duas vezes depois da Copa. Há 21 horas atrás, o jogador demonstrou sua alegria com o título e uma foto dele com a taça, que gerou até agora 747 comentários:

"Campeões do Mundo! Obrigado a todos por suas mensagens de incentivo durante este tempo!"

Há 1 hora atrás, Puyol postou outra foto, mostrando a festa armada em Madri para a comemoração do título e demonstrou orgulho em ver tanta gente feliz com a vitória de sua seleção. Com isso, podemos ver a importância do Twitter, não só no âmbito profissional, mas para visualizarmos o comportamento das pessoas em meio a situações opostas: para que todo o mundo possa saber e sentir com os jogadores o que é ser campeão e o que é perder com dignidade, sem precisar ser rude com a imprensa e, principalmente, com a torcida.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Gestão de crises na seleção brasileira (II) - Twitter dos jogadores

Este post é uma continuação do de sábado, ainda repercutindo sobre a eliminação da seleção brasileira na Copa do Mundo e sobre o comportamento dos jogadores após a derrota de 2 a 1 para a Holanda.

Mesmo com toda a operação de isolamento imposta pelo então técnico Dunga, houve algumas brechas para que os jogadores postassem suas impressões através do microblog Twitter, logicamente com uma série de assuntos proibidos de se falar ao público do site. Falavam praticamente de suas alegrias ao vencer jogos importantes e a expectativa para as próximas fases da competição.


Após a eliminação na Copa, alguns jogadores, até o fechamento deste post, ainda não voltaram a postar no Twitter, como o goleiro Júlio Cesar e os atacantes Luís Fabiano, Grafitte, Nilmar e Robinho. Outros atletas postaram agradecimentos aos internautas que mandaram posts de incentivo e de tristeza pela derrota sobre a Holanda, como o volante Gilberto Silva.


Os dois jogadores mais polêmicos desta Copa, em se tratando de Twitter, são o volante Felipe Melo e o meio-campista Kaká. O primeiro foi considerado, pra muitos, o "vilão" da eliminação, como já dito aqui no sábado. No Twitter, ele se manifestou no dia 5 de julho, nesta sequência de quatro posts (colocada na ordem do discurso, não na ordem de postagem):

Gente, obrigado pelas mensagens de apoio e carinho. Pessoas desejando força, agradecendo pelo empenho e isso é muito importante nesse momento de superação. Estou muito triste por nossa eliminação.

Vou conversar com todos no momento certo. Me ouçam antes de julgar. Por enquanto quero descansar com a minha família.
É impossível, mas Deus pode!
 
Este "pré-julgamento" citado pelo jogador é devido à falta violenta que cometeu sobre o colega holandês e que causou sua expulsão do jogo. Como se pode ver, Felipe não mostra arrependimento pela entrada cometida e ainda pede que as pessoas o ouçam antes de julgar, sendo que a própria imagem do lance mostra o pisão do brasileiro.

Já Kaká ocasionou uma polêmica no "mundo do Twitter" graças a sua esposa Carol Celico, que relativizou a eliminação do Brasil, apoiando uma mensagem que dizia: "Mãe e filho caem da ambulância, morrem os dois, e tem gente chorando por 22 milionários" (por que não seriam 23) e até fez piada com a célebre música da Branca de Neve: "Eu vou, eu vou, pra casa agora eu vou". Vendo as críticas pelas declarações, Celico desabafou no dia 2 de julho, às 4h02 e às 7h18 da manhã:

4h02: Acho mto importante vermos o que as pessoas estao pensando!! Abra sua cabeca e seu coracao! Com certeza e melhor encarar td c bom humor!
7h18: Perdao se ofendi alguem! Nao fiz para escandalizar. Torci, sofri junto, acreditei ate o final! Agora continuamos vivendo! Bjos no coracao!

Quem quiser ver mais detalhes sobre esta confusão no Twitter, é só clicar aqui ou aqui também! É necessário, portanto, tomar cuidado quando se posta algo no Twitter ou quando se faz alguma coisa na frente de um grande público: as consequências podem ser desastrosas!!

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Por conta do feriado de 09 de julho, o blog voltará às suas atividades na segunda-feira, dia 12 de julho!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Novas mídias: janelas abertas para o futuro das empresas

Este foi o artigo que escrevi para a Revista A Bordo da Comunicação, edição nº 2, publicada em junho deste ano! Espero que vocês gostem e agradeço a equipe do site pela confiança e por divulgar cada vez mais o trabalho e os escritos acadêmicos e críticos dos profissionais de Comunicação, especialmente os de Relações Públicas!

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Passou-se o tempo em que analisar o grau de aceitação de um produto ou de um evento passava apenas por um simples questionário. Tornou-se ultrapassado utilizar
somente os indicativos de pesquisa para examinar como anda a popularidade de um candidato à Presidência, por exemplo.

O advento e a popularização do uso dos computadores e de seus aplicativos torna possível aos profissionais de comunicação, especialmente aos Relações Públicas,
conferir a aceitação das imagens atribuídas a um determinado objeto de estudo e monitorar a opinião do público-alvo a seu respeito. Resumindo: a Internet se tornou uma “janela” aberta para o crescimento (ou decadência) da imagem de um produto ou a da própria empresa.

Um tipo de ferramenta utilizado com frequência pelos internautas são as chamadas redes sociais. O Brasil possui uma grande participação porcentual de usuários no Orkut, Facebook, Twitter (aproximadamente 20 milhões de pessoas), e muitos usufruem destes instrumentos quase que todos os dias. Estes sites que, a princípio
seriam usados apenas para fins de entretenimento, transformaram-se em uma “carta na manga” estratégica para empresas – 17% das existentes no Brasil já têm áreas para perfis em mídias sociais - poderem divulgar seus produtos e, em contrapartida, observarem como seus possíveis usuários os “anunciam” para o mundo inteiro.

Em matéria veiculada no telejornal Jornal das Dez, da GloboNews, no dia 14 de abril de 2010, foram mostrados dados referentes a uma pesquisa feita por uma consultoria que monitora as mídias digitais. Eles mostraram a influência das mídias para a mediação das relações entre empresas e consumidores: 90,1% dos entrevistados utilizam as mídias sociais para pesquisar sobre um produto ou serviço antes de comprar; já 42,9% recomendam empresas ou serviços, e 28% fazem reclamações. Pode-se, então, destacar uma importância das redes sociais para o campo empresarial: estas novas estratégias de mercado aumentam a influência do consumidor no desenvolvimento dos produtos (desde o pré-lançamento até o consumo em si) e das empresas (desde o lançamento até uma possível crise ou falência). Segundo o especialista em marketing Miguel Feyo, na mesma matéria citada acima, com o avanço das redes de relacionamento, as empresas deixaram de fazer monólogos para poderem dialogar com seus consumidores, ouvindo suas reclamações, sugestões, elogios e críticas.

Outro detalhe primordial nestas novas ferramentas sociais é o fato da transmissão, quase que instantânea, das informações veiculadas. Um exemplo recente aconteceu no dia 29 de abril de 2010, quando o editor-chefe e apresentador do Jornal Nacional (Rede Globo) William Bonner decidiu se retirar da esfera de microblogs Twitter, por conta da
demanda gerada pela ferramenta, que lhe resultava dores terríveis nas costas. A partir disto, milhares de “sobrinhos”, como Bonner gostava de chamar seus seguidores, mandavam mensagens mencionando o nome do jornalista e lamentando seu “twittercídio”, ou seja, a sua saída da rede social. Além disto, muitos sites e blogs relacionados à comunicação registraram o fato e o analisaram. Assim como no caso deste jornalista, muitas empresas acabam repercutindo sua imagem, de modo positivo ou não, nas mídias sociais e necessitam ter um cuidado maior na hora de responder “o que você está fazendo?” (pergunta originária do Twitter), ou de inserir algum texto no site de relacionamentos Orkut, por exemplo.

Portanto, o profissional de Relações Públicas precisa se atentar para que a imagem da organização seja transparente e sólida, principalmente nesta primeira década do século XX, pois as mídias sociais garantem a liberdade de opinião por parte dos consumidores/clientes, de certa maneira superior àquela dada pela comunicação midiática (“de massa”).

Enfim, atentar-se para que a “nova janela” aberta pela rede mundial de computadores não se quebre e se, de algum modo, “quebrar” que não se coloquem os cacos debaixo de um tapete, mas que se reconstrua a imagem empresarial o mais rápido e seguro possível.

sábado, 3 de julho de 2010

Por que assumir a "responsa" é tão difícil? - Gestão de crises na seleção brasileira

Como a grande maioria dos brasileiros (amantes ou não do futebol) sabem, o Brasil perdeu de 2 a 1 para a Holanda e foi eliminado ontem da Copa do Mundo na fase das quartas-de-final. Quando estas eliminações acontecem, o Brasil se consterna e tenta, através de suas observações e as dos comentaristas de televisão, rádio e Internet, entender o que aconteceu de errado e apontar um ou mais culpados pela derrota.

No jogo contra a Holanda, houve dois erros cruciais para a derrota brasileira: no primeiro gol, o goleiro Julio Cesar saiu mal do gol, a bola desviou no volante Felipe Melo e entrou. A FIFA, no decorrer da partida, constou o gol contra do brasileiro, mas hoje validou o gol para o jogador holandês Sneijder. O segundo erro foi uma entrada violenta de Felipe Melo em Arjen Robben, aos 20 minutos do segundo tempo, em que o jogador brasileiro foi expulso.

Após o jogo, os dois jogadores deram explicações sobre seus erros de maneiras completamente diferentes. O goleiro, conforme esta notícia, estava visivelmente abalado e admitiu seu erro no jogo. Segundo as próprias palavras do jogador (grifos meus), “A cobrança no Brasil é muito grande, em todas as competições o Brasil entra para ganhar. Mas fica aí a tristeza de todos. Estou colocando minha cara à tapa, falando em nome do grupo. É um sentimento muito triste, pois estávamos todos confiantes no hexa."

Já o volante Felipe Melo, como mostra esta outra matéria, não chorou durante as entrevistas e não se achou merecedor do cartão vermelho decorrente da entrada violenta, chamando esta de "lance normal" e apontando o árbitro japonês da partida como "rude". Em relação ao complexo de culpa, ele mesmo diz (grifos meus) que "Não tenho que receber toda a culpa. É um grupo. Equipe é coletivo. Tenho minha parcela de culpa como cada um aqui tem. Eu peço desculpas não pela minha entrada, mas porque falhamos."

O interessante é perceber como cada jogador se comporta ao gerir uma crise, tanto da sua imagem quanto da própria seleção. Enquanto Julio Cesar fala sobre a cobrança e dá sua cara pra bater diante da torcida, Felipe Melo se desculpa perante o Brasil também, mas não reconhece seu erro na entrada desleal para cima de Robben.

Todo profissional, de cargos de chefia a jogadores profissionais, deve evitar o erro, fazendo seu papel de maneira eficiente. Porém, errar é humano e reconhecê-lo, mais ainda. Um exemplo disso foi a propaganda equivocada do Pão de Açúcar veiculada pelo jornal Folha de São Paulo um dia após a classificação do Brasil para as quartas-de-final, que passava um conteúdo oposto: o de tristeza após a eliminação. A empresa agiu rápido, assim como foi a repercussão do erro pelas mídias sociais: divulgou uma nota, juntamente com o anúncio correto, neste mesmo jornal. O que se prova é a importância de, numa crise, reconhecer os erros cometidos e, assim, gerir esta situação de maneira nenos desastrosa.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Revista A Bordo e Prêmio RP do Brasil - valorização dos profissionais de Relações Públicas em ação

Muito se falou a respeito da polêmica e inadequada admissão do vilão Fred (Reynaldo Gianecchini), da novela Passione (TV Globo), como relações-públicas da metalúrgica Gouveia, e das consequências do protesto de alunos, professores e profissionais aos órgãos representantes da profissão (CONRERP e CONFERP).

Os protestos são válidos, mas, mais do que lamentar somente, é necessário valorizar a profissão e os profissionais de Relações Públicas, que tanto contribuem para que isto aconteça, através da divulgação de suas atividades, de seus artigos e de suas conquistas no âmbito profissional. Para tanto, se destacam duas iniciativas primorosas: a revista A Bordo da Comunicação, realizada pelo site homônimo e que já possui duas edições, e o Prêmio Relações Públicas do Brasil, que está na sua quinta edição.

A Revista A Bordo, disponível na esfera online, promove a discussão, a cada número, de um tema específico e pertinente para a atuação do profissional de Comunicação, especialmente a de Relações Públicas. A primeira edição trouxe o tema Web 2.0 como estratégia corporativa e a segunda, Imagem e opinião pública nas novas mídias. A publicação contém, além de artigos escritos por professores e profissionais da área, entrevistas, indicação de blogs, sites, cobertura de eventos e agenda. Além disso, há um espaço para que o graduando possa escrever um artigo tendo como base o tema da edição subsequente da revista.

Já o Prêmio RP do Brasil foi instituído em 2006 e, desde então, a cerimônia de premiação faz parte da programação oficial do Congresso da INTERCOM (Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação). Segundo o site oficial do prêmio, este "não se propõe a avaliar atividades profissionais ou distinguir os profissionais pela sua atuação no mercado ou academia, mas reconhecer o mérito daqueles que dedicam as suas vidas à função de valorizar a profissão de relações públicas, difundindo-a na sociedade."

As categorias premiadas a cada ano no Prêmio RP do Brasil são: Profissional de Mercado, Professor(a) Pesquisador(a), In Memoriam e Profissional Revelação. No ano de 2010, foi aberta uma categoria especial para estudantes de graduação que puderam, através dos 140 caracteres do microblog Twitter, demonstrar sua paixão por Relações Públicas. As 10 melhores frases, escolhidas por uma comissão, foram classificadas para a fase final e estão submetidas, assim como as outras quatro categorias, a júri popular. A premiação de 2010 está prevista para acontecer no dia 2 de setembro, durante o Congresso da INTERCOM, na cidade de Caxias do Sul/RS.

Estas atitudes contribuem e muito para que a profissão de Relações Públicas possa ser mais bem entendida e, acima de tudo, mais respeitada e valorizada. No âmbito pessoal, tenho a honra de contribuir para estas duas campanhas: tenho um artigo na segunda edição da A Bordo, que logo postarei aqui, e estou na final do Prêmio RP do Brasil, na categoria estudantil, com mais 9 colegas de graduação de todo o Brasil.

Mais do que um apenas receber o troféu de 1º colocado, quem está ganhando com o Prêmio e também com a divulgação da revista somos todos nós, profissionais de Relações Públicas, pois temos a oportunidade de reconhecimento de nossas atividades e produções acadêmicas e podemos, assim, fazer com que mais pessoas possam conhecer o que é, de fato, Relações Públicas.