terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Aula – audiovisual – de “institucionalismo”

Por Manoel Marcondes Neto


Fonte:  Tuga Filmes
Vale a pena aos atuais e futuros errepês assistir Flight (O vôo), filme de Robert Zemeckis, que está em cartaz, nos cinemas, por esses dias. É, indiretamente, uma "aula" de institucionalismo - eu não me assustaria se soubesse que seu patrocinador é a NTSB (National Transportation Safety Board), poderosa agência reguladora estadunidense que trata, entre outras coisas, da investigação das causas dos acidentes aéreos.

A outra agência - igualmente robusta -, a FAA (Federal Aviation Administration) passa de raspão no argumento, mas o sindicato dos pilotos não. E é abordada a questão das relações "com a imprensa e a mídia" (assim mesmo, separando uma coisa de outra coisa) em momentos de crise.

Responsabilidade é o "plot" - todo o tempo. Quem é o responsável? Pelo estado do avião, pelo estado do piloto, pelo estado - de ânimo - da tripulação, pelo acidente, pelas vidas perdidas, pela perda da aeronave, pela potencial falência da empresa aérea etc. etc. etc. Em certo ponto, o personagem principal - o piloto Whip Whitacker, interpretado pelo ator Denzel Washington, diz mais ou menos isso: - Eu traí a confiança pública (I've failed with the 'public trust').

É isso aí. "Public trust" é algo intangível, sutil, quase etéreo. E é com essa matéria 'prima' que os errepês - e jornalistas responsáveis - têm que lidar todos os dias. É bom que o entretenimento se preste também a dar aulas sobre coisas tão "invisíveis" quanto responsabilidade civil - algo que vem muito antes da responsabilidade - tão em moda - social.

Na minha opinião, os conflitos mostrados neste filme (tirando a noção errônea de que algumas drogas "curam" os efeitos de outras - ponto que provocou reações hilariantes na plateia de que participei ontem) e os modos de agir dos personagens do filme - e sobretudo a seriedade com que são retratadas as instituições - são exemplares e devem servir de inspiração, pois estão a anos-luz, por exemplo, da (respire fundo) Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (a "popular" Agetransp), que significa - e é - um NADA, como podem atestar os mais de 16 milhões de almas que se movem no estado do Rio de Janeiro.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Criatividade e comunicação - Mudanças nas entrevistas de emprego

Por Maíra Masiero

Um dos tópicos mais importantes para quem deseja alcançar o primeiro (ou um novo) emprego é como se comportar numa entrevista de emprego, fase importante para grande parte das empresas visualizarem qual seria o candidato ideal para assumir o cargo a ser preenchido.

Não se sabe ao certo como surgiu essa tendência de se realizar entrevistas e dinâmicas para avaliar o rendimento das pessoas, a fim de descobrir se essas são aptas ou não à função almejada. Pode até ter sido algo existente desde os tempos das cavernas, como mostra este fictício e humorístico vídeo.



O que se vê em grande quantidade na Internet são reportagens, guias e dicas para ajudar as pessoas a responderem de forma coerente e convincente as perguntas feitas pelos entrevistadores, a se vestirem de maneira adequada e a falarem de assuntos delicados do ponto de vista profissional: a razão pela saída do último emprego, apontar os próprios defeitos ou, em entrevistas coletivas, a lidar com pessoas que, provavelmente, eram desconhecidas até o momento inicial da atividade.

Porém, como seria a reação das pessoas se essas entrevistas e processos seletivos - considerados como padrão - fossem modificados? O que se torna comum hoje entre as grandes empresas é encontrar maneiras mais criativas e inusitadas para verificar como os candidatos se saem em situações reais de trabalho e/ou em atividades que exigem muita concentração e planejamento.

Um dos vídeos que mostram essa nova forma de se avaliar candidatos é a ação da cervejaria Heineken, denominada The Candidate, em que a marca realizou uma entrevista de emprego com 1734 pessoas para contratar um estagiário para atuar nos eventos que patrocina. Com situações nada convencionais para um processo normal (como o entrevistador se sentir mal, uma saída conturbada e perguntas que fugiram das habituais), o objetivo era entender como o candidato se comportava em situações atípicas.

Os três melhores candidatos entraram numa votação interna da Heineken e o contratado só foi revelado publicamente durante o jogo Juventus e Chelsea, que aconteceu em novembro de 2012 pela Liga dos Campeões da Europa.



Até mesmo o recrutamento de interessados por uma vaga se modificou em alguns lugares. Anúncios na Internet e em classificados ainda existem, mas há empresas que inovam nesse quesito. Em 2011, a agência de publicidade alemã Scholz & Friends elaborou uma estratégia para chamar novos integrantes para a Pizza Digitale, a equipe de criatividade digital da agência.

Foram encomendadas pizzas que levavam um QR Code, feito de molho de tomate numa superfície de queijo. Quem conseguisse identificar o código e o captasse por um aparelho celular com câmera e acesso à internet, era direcionado a um site sobre o programa de recrutamento da agência e poderia se inscrever.

Com esses casos, é necessário entender que, para conquistar o emprego tão sonhado, se preparar e se despreparar são duas atitudes que se completam perfeitamente. Particularmente, os relações-públicas precisam se planejar coerentemente para essas situações, mas tendo em consideração o cuidado e a inspiração de inovar no momento certo e não deixar com que as inovações dos processos possam evidenciar pontos fracos e atributos de personalidade que não podem ser explanados nessas ocasiões.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Começando a vida universitária... - Comunicação e integração

Por Maíra Masiero

O Carnaval passou mais cedo neste ano de 2013, e as aulas em muitas faculdades iniciam. Enquanto muitos veteranos aproveitam mais um ano de experiências, os recém-aprovados veem suas vidas mudar, muitas vezes, radicalmente: sem a presença dos pais em todos os momentos, numa cidade desconhecida e prestes a ingressar num ambiente universitário diferente dos tempos de Ensino Médio ou de cursinho. Por isso, o termo integração precisa ser valorizado nesses momentos em que esta nova fase se inicia: conhecer as escolhas, os planos e as expectativas de quem chega para que os que já estão cursando a faculdade poderem retribuir a acolhida que tiveram em seu primeiro ano de curso.

É interessante observar as escolhas que os novos ingressantes no curso de Relações Públicas fizeram ao longo de suas trajetórias, desde conhecer o curso, escolher a faculdade desejada e serem acolhidos pelos seus veteranos. Para isso, o blog convidou dois calouros do curso de Comunicação Social: Relações Públicas, do campus da UNESP em Bauru, para partilharem suas experiências e expectativas para o começo desta nova fase de suas vidas.


"Na verdade, eu sempre fui fã da comunicação em geral, cogitei algum dia estudar jornalismo ou me tornar um publicitário, no entanto, depois de me aprofundar um pouco mais na pesquisa sobre os cursos dessa área, acabei descobrindo que o que mais cabia nas minhas ideias de comunicação era a parte voltada a assessoria de imprensa e de imagem de uma empresa. Por fim, o que fez com que eu escolhesse esse curso foi justamente o fato de achá-lo mais completo para o trabalho dentro dessa área.
A Unesp é hoje, com o conhecimento de todos, a melhor faculdade do mundo! Só isso já seria um motivo para escolhe-la como a faculdade a cursar, mas há também o fato de que a minha família tem uma certa tradição na Unesp, tendo meu pai estudado por muito tempo Psicologia na UNESP Assis, antes de largar o curso, e minha mãe se graduado em História na mesma cidade. Além também do fato de meu irmão ser hoje um estudante de engenharia no campus de Ilha Solteira.
Todo os veteranos foram extremamente agradáveis na recepção, brincaram de forma saudável, colaboraram em tirar todas as dúvidas que nós, 'bixos', pudéssemos ter, além de terem se esforçado muito pra que a recepção fosse tão boa. Isso fez com que superasse um pouco minhas expectativas, que já eram bem altas."
 - Tales Marques

"Bom, eu optei por Relações Públicas porque eu sempre quis trabalhar com Publicidade, mas não queria me limitar somente a isso. Outras áreas também me atraiam muito e encontrei tudo o que queria nessa carreira. Prestei os principais vestibulares, quando chegou a hora e foquei na UNESP por vários motivos, como: proximidade da minha cidade, a empresa RPJr, bolsas de estudo e boas opiniões sobre a cidade e as pessoas de lá. A recepção dos veteranos foi, de fato, muito legal. Conheci vários veteranos, conversei com eles e eles foram muitíssimo gentis e receptivos. Superou minhas expectativas como nunca imaginei. Me explicaram projetos, deram toda a assistência quanto carona, moradia e refeições, sem contar, o trote, que foi super bacana. Só me deixou mais animada ainda para começar a cursar esse curso que tive o privilégio de ingressar." - Verônica de Oliveira Teixeira

Como se pode perceber a partir destes depoimentos, uma integração bem sucedida e articulada deixa lembranças positivas aos recém-chegados nas faculdades. Mesmo com a apreensão de pais e dos próprios aprovados em relação ao exagero nos trotes, que podem ser humilhantes e causar sequelas físicas, há um controle maior das brincadeiras feitas aos calouros no interior da faculdade, e ainda existem os chamados trotes solidários, como doação de sangue, visita a entidades carentes, arrecadação de roupas, dentre outras iniciativas, que propiciam aos calouros experienciarem atitudes de responsabilidade social e de descobertas sobre a sociedade em que vivem.

Para encerrar este post, o período de matrículas de novos alunos apresenta uma oportunidade para os comunicólogos das faculdades trazerem ações institucionais, a fim de valorizar a imagem da instituição e mostrar pontos importantes para a vida universitária, como oportunidades de estágios, atividades existentes dentro e fora da faculdade, moradia e alimentação, entre outros.

De forma descontraída e utilizando-se da interação entre vídeos agregados, a Faculdade Cásper Líbero lançou um Guia Interativo com informações básicas e dúvidas de quem entra nesta faculdade. A âncora destes vídeos é a apresentadora da TV Cultura Paula Vilhena, formada na própria Cásper. Além dos vídeos, há uma lista de telefones e links das principais atividades do local e a disponibilidade do Manual do Bixo, com informações mais formais sobre disciplina, responsabilidades e o conteúdo programático dos cursos.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

E lá vem a noiva... - Relações Públicas e a indústria do casamento

Por Maíra Masiero

Para algumas pessoas, o término do Carnaval é considerado como o "início" de mais um ano de trabalhos, lutas e sonhos a serem realizados, nos aspectos profissional e pessoal. E um dos sonhos de muitos é constituir uma família, principalmente pela consolidação de um casamento com a pessoa amada.

Mas como surgiu essa solenidade de união entre duas pessoas? Pode-se desdobrar esta questão em duas vertentes: o casamento civil - aparentemente sem solenidades - e a cerimônia religiosa (segiuda por uma festa ou confraternização).

A primeira, segundo Paula Bianca Dias, no artigo Nulidade e Anulabilidade do Casamento Civil e Religioso (2010, p. 10), em território brasileiro, "é da civilização romana. Nessa civilização, as famílias não precisavam ter laços de sangue, mas cultuavam laços religiosos; uma religião que tinha uma unidade principal e outras secundárias.". No mesmo artigo (2010, p. 70), a autora mostra uma explicação acerca da cerimônia religiosa do casamento, no rito cristão (o sacramento do matrimônio):

"O matrimônio é uma instituição, desde os tempos mais remotos, pois Deus criou dois sexos diferentes com o intuito de complementação entre eles, tanto emocional, quanto espiritualmente. Dessa instituição, origina-se, pois, a família. Os principais objetivos entre os cônjuges que formam essa família é a geração de filhos, buscando uma instituição baseada no amor fraternal entre eles. Para que isso ocorra, o casal deve se unir, através de seus corpos, de seus pensamentos e de suas emoções com uma ideia principal, viver de acordo com as regras de Deus, procurando a salvação."

Refletindo estas duas vertentes, e inserindo o lado festivo da celebração, pode-se dizer que não é uma tarefa simples planejar e realizar um casamento, considerado como um tipo específico de evento. São muitos os detalhes para se pensar, mesmo numa cerimônia considerada simples, e um bom planejamento realizado pelo(s) cerimonialista(s) - os relações-públicas também podem atuar neste ramo - é importante.

Um programa que mostra de forma contundente a importância de um bom planejamento em relação ao casamento é o Chuva de Arroz, transmitido pelo canal pago GNT em vários horários (o principal deles é segunda, às 20h30). Segundo o site do programa, a intenção é mostrar, a cada episódio, a trajetória de dois casais, desde o momento em que se conheceram até o dia do casamento, passando pelas angústias e expectativas dos noivas e pelos detalhes da cerimônia, como o vestido da noiva, a maquiagem, a decoração, a cerimônia religiosa e a festa.



Quando se assiste a este programa, percebe-se o quanto de trabalho um casamento exige para que tudo saia o mais perfeito possível para os convidados e, principalmente, para os protagonistas da festa.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Jogo fatal de 7 erros – Brasil: ame-o, mas deixe-o.

Por Manoel Marcondes Neto


Quando o Titanic afundou, lá no Atlântico Norte, há mais de século, a mídia não tinha o poder e a tecnologia que tem hoje, mas o mundo soube da tragédia rapidamente, em questão de horas.

Fonte
Quando o Bateau Mouche afundou na Baía da Guanabara, há um quarto de século, a mídia cobriu a tragédia “ao vivo”, em todas as suas cores.

Agora, o país inteiro parece que afundou no seu próprio “jeitinho”, com a tragédia da boate Kiss – beijo da morte dado, até hoje, em 238 pessoas que só queriam divertir-se por algumas horas, algo casual, habitual. Nenhum desses jovens estava lidando com bombas hidráulicas numa plataforma de petróleo, ou operando um guindaste numa pedreira, ou servindo numa guerra. Estavam, todos, no curso normal de suas vidas – o que, no Brasil, tornou-se um risco acima da média, acima do compreensível, acima do suportável. Por que?

1) Abre-se uma casa noturna, ou comércio, ou outro tipo de serviço (restaurante, lanchonete ou cabeleireiro) em qualquer lugar. Em imóveis não preparados para a atividade comercial, com o consequente atendimento a um grande número de pessoas. São imóveis (mal) adaptados. Quantas vezes você já se sentiu – “de cara”, ao chegar – entrando numa “arapuca”? Pense. Lembre. 

2) Abre-se, quase sempre, o “negócio”, em “fase pré-operacional” (“soft opening”, para os bilíngües). Ou seja, sem todos os equipamentos, sem todos os profissionais, sem cumprimento a todas as normas – ou a nenhuma norma. É a maldição de uma malandragem que até parece bordão de humorista: “alvará em andamento...”. E isto acontece no nosso principal “portão de entrada”, o Rio de Janeiro – deu n’O Globo – falta alvará em 36 dos 56 espaços culturais do município do Rio de Janeiro. Pano rápido. 

3) Uma dessas normas – de todos conhecida – é a necessária “aprovação” do “estabelecimento” pelo Corpo de Bombeiros. Ocorre que essa aprovação se resume a um conjunto de papéis, incluindo notas fiscais de compra de extintores na “firma tal”, do companheiro “bombeiro tal” mais “próximo” do local.
4) Outras normas – da alçada da prefeitura (as cidades são os lugares onde os negócios efetivamente “estão”, apesar de valorosos deputados quererem criar ainda mais leis estaduais e federais sobre a matéria) – se traduzem noutros papéis. Mas ninguém vai lá checar. Nunca. Ou quase nunca. É tudo, sempre, explicado, depois da tragédia, assim: - os documentos estavam em ordem e cumpriam todas as exigências... Fiscalização? Esquece... Quando foi a última vez que você viu alguém talhado para trabalhar como fiscal (e interessado em fiscalizar, para o bem dos brasileiros) – prestando concurso para... fiscal? Quer-se o ótimo salário. Quer-se a ótima aposentadoria. Mas, o que fazer com o quotidiano e os 35 anos necessários para se chegar “lá”? “Concurseiros”, autodenominam-se. 

5) Em todo e qualquer lugar há uma capacidade máxima para pessoas. Num banheiro, num cinema, num estádio. Mas, quem são os primeiros a forçar uma barra, junto ao “segurança”, para “dar uma entrada, rapidinho”? Nós mesmos. 

6) Os equipamentos de segurança (e as câmeras de “segurança”) estavam “em manutenção”, mas o estabelecimento já havia “notificado” as autoridades (in)competentes... e continuava funcionando. 

7) Os extintores não eram adequados... Os extintores não funcionaram... Ninguém sabia operar os extintores... Quantas vezes ainda ouviremos, leremos, assistiremos isto?

E a última, também n’O Globo: no Brasil, só 11% das cidades têm Corpo de Bombeiros. É preciso mais notícia? E o Corpo de Bombeiros – as pesquisas confirmam, ano após ano – é a instituição em que os brasileiros mais confiam...

A mudança necessária é cultural. E por isso, árdua a e longa. Vamos encarar? Se não, é melhor ir cuidando do passaporte...

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Eu acho que vi um Cabrito... - Boatos nas redes sociais II

Por Maíra Masiero

Com a exigência cada vez maior de uma agilidade no processamento e divulgação de informações pela mídia e pelas empresas, boatos, notícias falsas e brincadeiras internas podem se transformar em fatos considerados verdadeiros, graças à facilidade de se obter e se transmitir informações, principalmente pelas mídias sociais.

O artigo Do boato à notícia: considerações sobre a circulação de informações entre Twitter e mídia online de referência, de Gabriela da Silva Zago (2010, p. 182) - que integra os anais do Intercom Sul 2010 - mostra a dinâmica dos boatos virtuais e sua inesperada amplitude, com base nos boatos sobre a morte do cantor Dinho Ouro Preto, vocalista do Capital Inicial, ocorridos em novembro de 2009. Numa de suas declarações, a autora justifica a circulação tão rápida de boatos nas redes, o que pode também ser identificado no breve estudo de caso que o RPitacos trará a seguir.

"A facilidade e velocidade para a circulação de informações no Twitter também gera discussão quanto à credibilidade das informações. Em geral a credibilidade no Twitter está associada à credibilidade construída junto a outros meios (como no caso de celebridades e jornalistas tradicionais), mas também pode ser construída no próprio Twitter, a partir das interações que os indivíduos desenvolvem na rede social."

No começo do mês de fevereiro de 2013, alguns internautas "contrataram", pelo Twitter, um novo jogador de futebol para o Grêmio, o lateral esquerdo argentino (ou uruguaio) Enrico Cabrito. Na realidade, foi uma brincadeira interna entre três perfis de torcedores gremistas no Twitter, amigos que queriam ironizar com o nome de um outro amigo, segundo o perfil de Fabiano Estrela, um dos criadores de Enrico:

"A brincadeira era interna, jamais foi feito propositalmente para denegrir a imagem de quem quer q seja. Um jornalista leu um tuite meu totalmente fora de contexto e anunciou a negociação com enrico cabrito. O resto nós já sabemos o q aconteceu. Aliás, o q torna o fato inacreditável e extremamente engraçado é a falta de premeditação. Foi totalmente involuntário. Brincadeira interna."

Porém, isso extrapolou a esfera da gozação e se tornou notícia verídica em perfis de jornalistas gaúchos no Twitter. Segundo matéria publicada no portal UOL, o jornalista da Rádio GreNal Farid Germano Filho usou sua página para anunciar a notícia e, posteriormente, afirmou que sua conta foi invadida por hackers e que ele iria tomar providências sobre esse caso.

A "nova contratação" do time comandado por Wanderley Luxemburgo virou notícia até mesmo no Jornal do Almoço, telejornal da RBS TV, afiliada da TV Globo no Sul do Brasil, no dia 05 de fevereiro, apresentado por Paulo Brito, depois de passar a madrugada entre os assuntos mais comentados do país no microblog. Ao contrário do colega de profissão, o jornalista global assumiu o erro cometido, desculpando-se em seu perfil na rede social e, publicamente, na edição de hoje (06 de fevereiro) no mesmo Jornal do Almoço.



No vídeo, Paulo Brito parabenizou os que fizeram a brincadeira e ressaltou outros "furos de reportagem" - só que verdadeiros - que ele anunciou no programa, como a vinda de Dunga e de Rafael Moura para o futebol do Rio Grande do Sul. De acordo com pesquisas feitas no Twitter, pode-se dizer que Brito teve a sua imagem fortalecida, uma vez que assumiu publicamente o erro de informação cometido.

Portanto, é necessário ter cuidado e, na medida do possível, calma para checar informações importantes, vindas de fontes online, a fim de que muitos erros não sejam cometidos.